História (imperalismo)


O Imperialismo e suas diversas abordagens


     A origem da palavra imperialismo, bem como sua definição e seu conceito podem ser explicados conforme o paradigma no qual o estudioso está inserido. Existem, portanto, quatro correntes de pensamento que explicam o Imperialismo. As correntes: Marxista, Social-democrata, Liberal e a razão de Estado. 
Marx não descreveu claramente o significado do termo imperialismo, portanto é necessário buscar o ponto de vista marxista em outros autores. Rosa Luxemburgo entende que o imperialismo surge devido à necessidade da existência de um mundo pré-capitalista coexistindo com um mundo capitalista. O imperialismo é visto então como política de expansão e domínio de uma nação sobre outras, ou seja, o desenvolvimento do capitalismo, eliminação do mundo pré-capitalista nas nações européias gerou uma busca por nações pré-capitalistas em outras partes do globo.
De acordo com Lênin a saturação do mercado interno gera diminuição na taxa de lucros, há, portanto, a necessidade da busca de novos mercados.
 Segundo ele, O imperialismo é o capitalismo monopolista. Basta isto para definir o lugar do imperialismo na história, pois, tendo nascido no terreno a partir da livre concorrência, o monopólio marca a transição do regime capitalista para uma ordem econômica e social superior” VLADIMIR, Lênin. Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo (1º ed. 1916). 3º ed. São Paulo: Global, 1985, p.122. A inovação e a concorrência geram monopólios que buscam o controle de matérias-primas e mercados mundiais.  
A abordagem do Imperialismo segundo Baran e Sueveezy é feita através da ótica do capitalismo monopólico.  A política imperialista estava ligada ao militarismo, as questões militares levaram ao armamento para a guerra fria. O militarismo produz mercadorias, traz inovações tecnológicas, movimenta vários setores industriais e absorve uma grande massa da população inativa, promovendo a diminuição dos graves problemas sociais dos países europeus. Os europeus pretendiam enviar o excedente de população e encontrar novos mercados para os produtos das fábricas e minas.
O imperialismo sustenta a opulência. Como solução para isto Baran e Suveezy, apresentam a eliminação do capitalismo.
Em contraponto as visões apresentadas, os social-democratas não acreditam na vinculação entre capitalismo e imperialismo. Pode haver capitalismo sem Imperialismo.
O imperialismo pode ser eliminado, segundo eles, através de reformas democráticas e econômico-sociais. Segundo Kautsky o imperialismo não é uma fase do capitalismo, mais sim uma de suas políticas. A solução para o imperialismo apresentada é a inserção de reformas, a relação de cooperação entre os paises e a distribuição de riqueza internamente.
O liberalismo nega a tese marxista de que o imperialismo é produto do capitalismo.A URSS seria, a verdadeira potencia Imperialista. Para Schumpeler o imperialismo é fruto das praticas pré-capitalistas que o capitalismo não superou, pois o capitalismo tem de gerar uma pacifica competição econômica de mercado, ao contrario da agressividade imperialista. “O imperialismo é um atavismo” A solução é o liberalismo.
O imperialismo é fruto da anarquia internacional, segundo a explicação Razão de Estado De 1870 à 1875 a produção em massa necessitou de mercados enormes. Havia o protecionismo entre as nações, a carência levou à busca de mercados supranacionais, mas isto não significa que o Imperialismo está intimamente ligado ao capitalismo, já que o imperialismo europeu esfacelou-se durante a Guerra Fria, mas seu capitalismo não. A solução para o imperialismo apresentada é a implantação de um sistema multipolar.
Em suma, através da análise de diversas abordagens acerca do conceito e do entendimento do imperialismo buscamos uma visão múltipla e critica, compreendendo o que cada abordagem atrás em sua essência, esta ultima vinculada a idéias e um modo de pensar próprio de determinados tempos históricos. Através destas análises tomamos conhecimento do entendimento do Imperialismo, idéias e causas que refletem no mundo atual.
“Aos vossos olhos, somos selvagens, animais obscuros, incapazes de distinguir entre o Bem e o Mal. Não somente vos recusais a nos tratar em pé de igualdade, com temeis até a nossa aproximação como se fossemos objeto de asco....Nosso coração se enche de tristeza e de vergonha, quando a noite, repassamos todas as humilhações que sofremos durante o dia. Presos a uma maquina que mina nossa energia, estamos reduzidos à impotência. Por isso é que só os mendigos ousam apresentar-se nos escritórios dos franceses”. (texto proveniente da Indochina. IN: BRUIT, Hector H. O Imperialismo. São Paulo, Atual, 1986, p. 58-9)


   
 

  l