sábado, 4 de setembro de 2010

Quando a saudade aperta





Ao ausente


Vives em um mundo sem presente ou futuro; mudo
Já não há mágoas, desejos, aurora e crespúsculo
Nada se alterna ou enverga
Na ausência do vento não há palavras, bom dia, tão pouco perdão
Vagas no escuro
Dormes no ar
Caminhas na pequena chama onde encerra a saudade
Brilhas no coração


Na madrugada voltas sorrindo, insistente, alegre num instante-absurdo
Queres habitar em meus sonhos e ressuscitar por segundos
Reunir a família extinta, compartilhar as novidades; tudo
Nada pedes, enfim, permanece em teu riso, silêncio absorto
No teu olhar triste não cabe conforto

As horas custosas de outrora cismam em ficar
Por que ainda não repousas?
Porque eu continuo a te chamar!?
Não se aborreça comigo dá-me a última ilusão
Também é penoso continuar anos sem consolo

Não há futuro ou presente para ti é verdade
Relembro o passado somente, o amor que foi muito
Lamento a nossa convivência que durou pouco.

Um comentário:

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